3°E.M. 2008 (Homenagem)

Acredito que chegamos em mais uma etapa de contradição das muitas que se tem na vida. Findou-se e iniciou-se um dos momentos mais importantes de nossa biografia. É agora que rumaremos na busca da carreira ideal; é agora que tomamos por conta que imagens de anos de escola permanecerão apenas na memória; é agora que conheceremos novos caminhos e dependências, onde haverá novas batalhas a serem vencidas, repletas de pessoas com mesmas aptidões e preferências, entretanto, são combatentes camuflados que irão para a luta posteriormente; mas, é agora também, que perceberemos os frutos colhidos nesses anos e analisaremos as verdadeiras amizades que perpetuarão por todo o sempre.

Perambulando em minha mente encontrei um acervo de imagens e filmes retratando risos e prantos, o último nem sempre de alegria, o que é sabido por todos. Entretanto, não fiquem com o rancor de outrora no coração. Friso, o acervo continha mais risos do que prantos. Lembrem-se das histórias, piadas, travessuras e ensinamentos desenvolvidos uns com os outros e que, certamente, nós somos especiais.

Por momento, ressalto também a igual especialidade dos mestres. Dignos de homenagens maiores do que esta, são eles detentores de ofícios divinos: lecionar o conhecimento absorvido, o compartilhando sem egoísmo. Só os senhores sabem o que passaram para chegar onde estão, mas o fizeram e fazem com amor, com determinação, com ambição de distribuir educação a quem necessita. E quem mais o necessita é o país, que para chegar ao desenvolvimento tão planejado deve se basear em três palavras: educação, educação e educação.

Dada a devida importância aos mestres, resta apenas dirigir-me as pessoas mais importantes de nossas vidas: os pais. Sabeis, vosso investimento não foi em vão. Nós, formandos, fruto de teu amor, desenvolvemos nossa obra escolar por diversas vezes ansiando vosso orgulho, seguindo vossos caminhos sendo discípulos de vosso ser. Que hoje tiverdes na consciência que tudo o que fizemos é visualizando um futuro feliz e de sucesso e cremos que a recíproca é verdadeira. Nada mais cabe senão o humilde agradecimento a vossas lutas para nos dar uma vida digna.

Por fim, vos peço licença e sigo os passos do poeta que diz: “Nada se cria. Tudo se copia”. E o faço ressaltando a publicidade de uma rede de telecomunicações dirigindo a nós formandos:

Nós somos ricos e possuímos todas as coisas do mundo. Não temos jatinhos, não temos iates, não temos mansões, não temos o veículo do ano. Não obstante, temos a Deus, temos a nós, temos aos mestres e temos a nossos pais. Não somos ricos das coisas que se guarda no bolso, mas sim, das coisas que se guarda no coração. Enfim, vos posso dizer que somos ricos e temos todas as coisas do mundo.